Tuesday, March 18, 2008
Doce dor
Gosto de mulheres.
As mulheres são como os sonhos...nunca são como as queremos.
Nunca.
Tornam-nos outros...caminhamos de outra forma, falamos de outra forma, mudamos de perfume,de sotaque...tornamo-nos deuses,heróis,contadores de 1001 histórias...que não as nossas.
Gritamos mais alto que nós próprios para que reparem...para que saibam que ali estamos.
Amamos mulheres mais e menos bonitas...se a beleza constituísse o único mérito das mulheres, ás feias só lhes restaria o suicídio.
Para o mal de muitos o amor é cego.Eu não.
A mulher bonita é a mulher do homem. Que se elucidem os corpos e as mentes...o belo existe, e nós gostamos dele.É a mulher bela que nos faz tropeçar as pernas, a menos bela poderá fazê-lo, mas com o dobro do trabalho.
Adoro a forma como mentem, e como não o fazem. Preferirei até não saber o que é o quê.
Há nas suas confissões uma réstia de silêncio...do seu mundo não teremos mais do que isso. Tomaremos a sua verdade como a nossa...ou morreremos loucos.
Que se enganem os machistas sobre quem manda em quem. São arquitectas de alma, estrategas da sua própria vida. Lançam os dados esperando que tudo bata certo.É uma roleta...amas, morres...amas e morres, amas ou morres...
Quem não amou nunca, já nasceu morto.
Aquele que amou loucamente a mulher que teve, saberá mais de amor do que o que teve mil.
Escreve isto o próprio corpo, e as marcas que nele passeiam. São as regras do jogo.
Que se enganem os conformados, que se despertem os menos lúcidos...a mulher sempre esconderá aquilo que realmente deseja.
Que se quebrem as alianças,que se encarem os desejos, que se destapem os medos...
O corpo toca-nos o espírito...o veneno aquece a alma.
E a mulher dormita nua...
“Quando a menina se torna mulher...o homem torna-se menino”.
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