Sunday, October 25, 2009

Calme couteau


"Tenho no fundo do meu armário,
restos teus e daquela noite de inverno
em que quiseste um outro nome
e um corpo mais, juntado aos nossos .
Fica sempre qualquer coisa em nós, quando nos morre alguém de perto. Alguém á nossa porta.
Tu, que és hoje um crime e adoras a ideia, és não mais do que o pó das palavras, que dissemos um ao outro.
De nada te valeu o melhor vestido ou aquele aliciante hálito a vinho velho, que trazias em fim de tarde.
Não te valeram de nada tantos dias e tantas noites, em que o deixaste no meu quarto cada parte desse corpo, que ainda hoje admiro,desejo e recordo.
Estás longe.
E onde quer que estejas, não lamentes...


Lembras-te quando te colavas ao meu corpo e olhos nos olhos, me pedias que a teu lado, incendiasse o mundo?





Comecei por ti. "